segunda-feira, 1 de abril de 2013

O cuspe dos soldados.


O açoitamento foi a primeira ação dos soldados.
A crucificação foi a terceira.
Apesar de suas costas estarem marcadas pelas feridas,
os soldados colocaram a viga da cruz nos ombros de Jesus,
o escoltaram ao Lugar da Caveira e o executaram.
Nós não culpamos os soldados por estas duas ações. Afinal,
eles estavam apenas cumprindo ordens. Mas o que é difícil de
entender é o que eles fizeram entre elas. Aqui está a narração de Mateus:
Então Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou
para ser crucificado. Então, os soldados do governador levaram Jesus ao
Pretório e reuniram toda a tropa ao seu redor. Tiraram-lhe as vestes e
puseram nele um manto vermelho; fizeram uma coroa de espinhos e a
colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e,
ajoelhando-se diante dele, zombavam: “Salve, rei dos judeus!
” Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça.
Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe
suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo
(Mt. 27.26-31).

A tarefa dos soldados era simples: levar o Nazareno ao monte e matá-lo.
Mas eles tiveram outra ideia. Eles quiseram um pouco de diversão primeiro.
Soldados fortes, descansados e armados cercaram um carpinteiro Galileu
exausto e quase morto e bateram nele. O açoite foi ordenado.
A crucificação foi determinada. Mas quem teria prazer em cuspir
em um homem quase morto?
O cuspe não tem a intenção de machucar o corpo - ele não pode.
O cuspe tem a intenção de degradar a alma, e ele o faz. O que os
soldados estavam fazendo? Eles não estavam exaltando a si mesmos
à custa de outro? Eles se sentiam grandes fazendo Cristo parecer pequeno.
Permita que o cuspe dos soldados simbolize a sujeira nos nossos corações.
E então observe o que Jesus faz com a nossa sujeira. Ele a carrega para a cruz. Através do profeta ele disse, “Não escondi a face da zombaria e dos cuspes”
(Isaias 50.6). Misturada com o seu sangue e com o seu suor estava a essência
do nosso pecado.
Deus poderia ter resolvido de outra maneira. No plano de Deus, foi oferecido
vinagre para a garganta de Jesus, então por que não uma toalha para o seu rosto?
Simão carregou a cruz de Jesus, mas ele não limpou o rosto de Jesus.
Os anjos estavam a uma oração de distância. Eles não poderiam ter evitado o cuspe?

Eles poderiam, mas Jesus nunca ordenou que eles o fizessem. Por alguma razão,
Aquele que escolheu os cravos também escolheu a saliva. Junto com a lança e
com a esponja do homem, ele tolerou o cuspe do homem.
Aquele sem pecado assumiu o semblante de um pecador para
que nós pecadores pudéssemos assumir o semblante de um santo.
Autor: Max Lucado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário