domingo, 10 de fevereiro de 2013

NÃO SE ENGANE!



"O coração humano é cheio de pecado e corrupção; e a corrupção tem um
efeito espiritual de cegueira. O pecado sempre carrega um grau de
obscuridade. Quanto mais ele prevalece, mais ele obscurece e ilude a
mente. Ele nos cega para a realidade que está no nosso próprio coração.
Assim, o problema não é, em absoluto, a falta da luz da verdade de Deus.
A luz brilha suficientemente ao nosso redor, mas a falha está nos nossos
olhos; estão obscurecidos e cegos pela incapacidade mortal que resulta do pecado.

O pecado engana facilmente porque controla a vontade humana, e isso
altera o julgamento. Quando a concupiscência prevalece, predispõe a
mente para aprová-la. Quando o pecado influencia nossas preferências,
ele parece agradável e bom. A mente é naturalmente predisposta a pensar
que tudo o que é agradável é correto. Portanto, quando um desejo
pecaminoso vence a vontade, também lesa o entendimento. Quanto mais a
pessoa anda no pecado, provavelmente, mais a sua mente será obscurecida e
cega. Assim é que o pecado assume o controle das pessoas.

Portanto, quando elas não estão conscientes do seu pecado, fica
extremamente difícil fazê-las enxergar o erro. Afinal de contas, o mesmo
desejo maligno que as levou ao pecado, as cegará. Quanto mais uma
pessoa raivosa consente com a malícia ou com a inveja, mais esses
pecados cegarão seu entendimento para que ela os aprove. Quanto mais um
homem odeia o seu vizinho, mais ele tende a pensar que tem uma boa causa
para odiar, e que aquele vizinho é digno de ódio, que merece ser
odiado, e que não é seu dever amá-lo. Quanto mais prevalecem os desejos
de um homem impuro, mais doce e agradável o pecado lhe parecerá, e mais
ele tenderá a pensar que não há mal nisso.

Semelhantemente,
quanto mais uma pessoa deseja coisas materiais, provavelmente mais pensa
que é desculpável por agir assim. Dirá a si mesma que precisa de certas
coisas, e que não pode viver sem elas. Se são necessárias, raciocina
ela, não é pecado desejá-las. E as concupiscências do coração podem
assim ser justificadas . Quanto mais prevalecem, mais cegam a mente e
influenciam o julgamento que as aprova. Por isso, a Bíblia denomina os
apetites mundanos de "as concupiscências do engano" (Ef 4.22). Até
pessoas piedosas podem por um tempo permanecer cegas e iludidas pela
concupiscência, e assim viverem de uma maneira que desagrada a Deus.

A concupiscência também incita a mente carnal a inventar desculpas para
as práticas do pecado. A natureza humana é muito sutil quanto se trata
de racionalizar o pecado. Alguns são tão devotados às suas maldades que
quando a consciência os importuna, torturam a mente a fim de encontrar
argumentos que façam com que ela se cale e que os convençam de que
procederam licitamente quando pecaram."
Sondando sua Consciência - Jonathan Edwards.

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