segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Eu posso dormir enquanto os ventos sopram em minha vida 2?



A nossa história nos diz que há alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral do Atlântico.
Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar em fazendas ao longo do Atlântico. Temiam as horrorosas tempestades que varriam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações. Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro. – Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro. – Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram, respondeu o pequeno homem. Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem. Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou, – Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas! O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente: – Não senhor. Eu lhe falei: eu posso dormir enquanto os ventos sopram. Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedi-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois. Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia ser arrastado. O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer. Então retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava. O que se quer dizer com esta história, é que quando se está preparado – espiritualmente, mentalmente e fisicamente – não se tem nada a temer.
Perguntamos-nos, então:
Eu posso dormir enquanto os ventos sopram em minha vida? Que possamos então criar o nosso tempo de refletir, pois nós somos os senhores do nosso tempo, não devendo deixar a nossa vida passar em vão, sem buscas, sem metas, sem sentido…
Vamos tomar as rédeas enquanto é tempo, pois somente nós, seremos os responsáveis diante do nosso tempo que é um presente muito precioso para passar em vão.
Portanto, os verbos escutar, pensar, esperar, perdoar, tentar, amar… devem ser verbos recorrentes em nossa vida, fazendo ecoar em nós a nossa melhor forma de conduzir a nossa caminhada.
Como nos diz Saint-Exupèry: “Os seres são vazios, se não são como janelas ou clarabóias abertas para Deus.”. Que sejamos, efetivamente, essas janelas e clarabóias, sempre abertas, deixando a luz penetrar e ao mesmo tempo, sendo luzes e iluminando as pessoas que conosco dividem as trilhas do caminho… ora atalho, ora trilha, mas sempre caminho…

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